Porto Velho enfrenta seu terceiro dia consecutivo sem transporte coletivo, resultado de uma onda de ataques atribuída a facções criminosas que atuam em Rondônia. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sitetuper), José Oliveira, afirmou que a insegurança inviabiliza a circulação dos ônibus.
— Chegamos a cogitar operar com metade da frota, mas, ao chegarmos às garagens, nos deparamos com mais uma garagem incendiada e motoristas ameaçados. No momento, não há como garantir a segurança dos trabalhadores e usuários do transporte público — declarou Oliveira.
Um dos ataques a ônibus deixou um motorista gravemente ferido, com queimaduras no corpo. Ele permanece internado, enquanto autoridades investigam a ocorrência.
Executivo Municipal
A prefeitura de Porto Velho confirmou a paralisação total do transporte coletivo, apontando que a situação ocorre após o pedido do sindicato e diante do contexto de violência crescente. O prefeito Léo Moraes solicitou reforço imediato no policiamento ao governador Marcos Rocha e ao secretário estadual de Segurança, Felipe Bernardo Vital.
— Precisamos de ações urgentes para assegurar a integridade física e patrimonial da população e dos trabalhadores. O direito de ir e vir está comprometido — destacou o prefeito em nota oficial.
Motivação dos Ataques
Os ataques são vistos como uma retaliação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, liderada pela Polícia Militar. A ação busca retomar apartamentos invadidos por facções criminosas e já resultou na prisão de 20 suspeitos, na apreensão de armas e drogas, e na retomada de dezenas de imóveis em conjuntos habitacionais do estado.
A Polícia Militar destacou que mais de 200 agentes foram mobilizados para enfrentar a ofensiva das facções, especialmente após o assassinato do cabo Fábio Martins, morto no último domingo (12). Criminosos têm promovido ataques orquestrados para tentar desviar a atenção das forças policiais, segundo a corporação.
A população de Porto Velho, no entanto, segue apreensiva, enfrentando dificuldades de deslocamento e convivendo com o medo causado pela escalada da violência.
]]>Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transportes (Semtran), a frota operou com 50% de sua capacidade durante a manhã, com previsão de funcionamento até às 19h30. Contudo, o serviço foi suspenso após orientação do sindicato.
Francinei Oliveira, presidente do Sitetuperon, afirmou que a decisão foi tomada após novos incidentes. “Houve uma tentativa de incêndio na linha Norte Sul e recebemos outras ameaças, o que nos levou a solicitar a retirada imediata de todos os veículos de circulação.”
A Prefeitura, por meio da Semtran, informou que está em constante diálogo com os órgãos de segurança para implementar estratégias que impeçam novos ataques. Além disso, a pasta está trabalhando em conjunto com o Sitetuperon e a Companhia de Ônibus Municipal (COM) para restabelecer o transporte público com segurança. “Nosso objetivo é garantir a proteção de todos e o retorno à normalidade no transporte coletivo”, destacou o secretário da Semtran, Iremar Lima.
]]>Porto Velho enfrentou uma noite de tensão nesta segunda-feira (12), com ataques incendiários a ônibus que mobilizaram as forças de segurança. Um segundo veículo da empresa de transporte coletivo foi incendiado na Avenida Imigrantes, no bairro Costa e Silva, sendo completamente destruído. Felizmente, ninguém ficou ferido.
Além disso, em Candeias do Jamari, um terceiro ônibus, pertencente à empresa JL Turismo, também foi incendiado, intensificando o clima de insegurança na região.
Diante da situação, a empresa JTP, responsável pelo transporte coletivo em Porto Velho, anunciou a suspensão temporária de todas as linhas, alegando risco de novos ataques. A decisão foi tomada após relatos de passageiros assustados com a ação de criminosos no bairro Lagoinha. Um motorista, temendo pela segurança dos passageiros, decidiu não parar o veículo durante um incidente.
Enquanto isso, as forças de segurança continuam intensificando operações no Residencial Orgulho do Madeira, foco de ações contra criminosos, na tentativa de conter a escalada de violência.
]]>Em uma ação conjunta entre a prefeitura e o governo do estado, durante entrevista o prefeito da capital destacou iniciativas que vão desde investigações sociais até avanços em segurança pública.
De acordo com Léo, a prefeitura dará início a uma investigação social detalhada para levantar o perfil das famílias residentes no conjunto habitacional. “Nosso objetivo é identificar as necessidades dessas famílias para, em seguida, reivindicar a construção de escolas e postos de saúde que possam atender essa população,” afirmou o prefeito.
Outro ponto de destaque foi o andamento do projeto da Guarda Civil Municipal, proposta de governo durante campanha eleitoral do ano passado.
Segundo Moraes, a prefeitura está finalizando a regulamentação do concurso público para formação da guarda. Enquanto isso, já existe uma alterar a atividade delegada, permitindo que policiais militares e outros agentes, conforme previsto no artigo 144 da Constituição, atuem em espaços públicos para oferecer mais segurança à população.
A ação conjunta busca não apenas reforçar a segurança nas áreas populares, mas também promover melhorias significativas na infraestrutura local. Para o prefeito, essa abordagem integrada é essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e atender às necessidades mais urgentes das comunidades vulneráveis de Porto Velho.
Moradores do Residencial Morar Melhor aguardam com expectativa as mudanças prometidas, que poderão transformar a realidade local por meio de políticas públicas mais assertivas e bem estruturadas.
Foto: Assessoria
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