A nova lei assegura que laudos emitidos por profissionais da rede pública ou privada terão validade permanente, desde que cumpram os requisitos legais. Segundo o deputado Ismael Crispin, a medida busca reduzir a burocracia, evitar transtornos aos cidadãos e otimizar o atendimento no sistema de saúde.

Alinhada à Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015), a legislação reforça o compromisso com a cidadania e acessibilidade no estado. “Esse é um avanço significativo para garantir dignidade e eficiência no atendimento às pessoas com deficiência”, afirmou Crispin.

Com a lei já em vigor, Rondônia dá um passo importante na inclusão social e no fortalecimento dos direitos das pessoas com deficiência.

Foto: Assessoria

Em sua 6ª missão desde que foi reinaugurado, em 2021, o Barco Saúde Dr. Floriano Riva Filho, da Prefeitura de Porto Velho, navega pelas águas do rio Madeira com a missão de proporcionar maior acesso dos ribeirinhos aos serviços da rede municipal, entre eles a promoção da saúde mental da população beiradeira.

Para executar esse trabalho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) conta com duas psicólogas residentes a bordo, Ana Clara Martins e Cibelle Amaral. Entre as atividades desempenhadas nas comunidades, está a capacitação dos profissionais de saúde que atuam nos distritos, atividades em grupo, principalmente com mulheres e jovens, além de sessões de escutas individuais e personalizadas.

Com o trabalho em grupo, as psicólogas buscam construir uma consciência coletiva sobre a importância de estar atento às emoções, criar redes de apoio para buscar ajuda na solução dos problemas e, principalmente, que o cuidado com a saúde mental deve ser levado a sério.

Roda de conversa realizada na Escola Juraci Lima Tavares

Em São Carlos, uma das atividades em grupo foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juraci Lima Tavares, uma roda de conversa para adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, com oficina focada na descoberta dos fatores de risco e proteção individuais e coletivos. O objetivo é trabalhar o aspecto psicossocial que envolve a comunidade escolar, família e amigos.

Para a psicóloga Ana Clara, que comandou uma das dinâmicas, a participação dos estudantes na atividade foi muito positiva e demonstrou consciência dos jovens sobre as questões que envolvem a saúde mental.

“Estamos muito realizadas por ter alcançado nosso objetivo que é aguçar nos jovens a percepção avançada sobre os vários processos que influenciam a saúde mental, como sexualidade, alcoolismo, questões raciais, entrou outros pontos igualmente importantes. É muito prazeroso contribuir para a ampliação da perspectiva de futuro, que pode ser variadas possibilidades e não apenas aquelas impostas pela família ou sociedade, por exemplo”, aponta a psicóloga.

Para a psicóloga Ana Clara a participação dos estudantes na atividade foi muito positiva

Rebeca Braga, 17 anos, que participou da atividade na escola, parabenizou a iniciativa. Segundo ela, “os adolescentes e jovens precisam muito disso, pois ajuda a resolver muitas questões que a gente vive no dia a dia aqui na comunidade. A dinâmica foi divertida, o que nos ajudou na compreensão da mensagem e chamou a atenção para o respeito com a decisão das outras pessoas”.

Após a dinâmica com os alunos é realizado um encontro com os professores para o “feedback” da atividade e apresentação de propostas de ações, temas e disciplinas que podem ser trabalhados em sala de aula durante o ano.

A psicóloga Cibelle Amaral compõe a equipe do Barco Saúde pela segunda viagem consecutiva e garante que o trabalho gera enriquecimento profissional devido às experiências proporcionadas. “Estamos bastante animadas para colocar em prática todo o planejamento realizado para ser executado com a comunidade e profissionais de saúde, para que sejam os multiplicadores nessas localidades”.

Texto: Luciane Gonçalves
Fotos: Cleris Muniz

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

Barco Saúde atracado em São Carlos para os dois primeiros dias de atendimento aos ribeirinhos

O Barco Saúde ​Dr° Floriano Riva Filho, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) da Prefeitura de Porto Velho, navega pelas águas do rio Madeira levando muito mais do que consultas médicas. Cumprindo seu papel social, a embarcação oferece também serviços de enfermagem, psicologia, vacinação, exames laboratoriais e medicamentos, garantindo qualidade no atendimento das comunidades ribeirinhas.

​No último domingo (18), o Barco Saúde ​iniciou sua sexta viagem pela região do baixo Madeira, contando a partir de 2021​, quando a embarcação foi reinaugurada após uma reforma completa. Ao planejar o deslocamento das equipes de saúde, a Semusa busca integrar os serviços para oferecer um atendimento mais completo possível à população.

EXAMES LABORATORIAIS

Os serviços oferecidos no Barco Saúde tem objetivo de aprimorar o trabalho médico, proporcionando recursos adicionais que são essenciais para um diagnóstico aprimorado e tratamento eficaz. Os exames laboratoriais, por exemplo, possibilitam uma avaliação mais completa da saúde dos pacientes, permitindo que os profissionais tomem decisões embasadas e personalizadas.

Na embarcação, vão dois profissionais responsáveis por esse serviço, a biomédica Ártemis Freitas, e o auxiliar de laboratório Antônio José dos Santos. Para desempenhar suas funções, utilizam a estrutura da unidade de saúde existente em cada distrito, pois todas possuem laboratório instalado e equipado.

Farmácia básica municipal localizada dentro do Barco Saúde

A biomédica Ártemis Freitas explica que em até cinco horas entrega os resultados de alguns exames como fezes, urina, hemograma e beta HCG (teste de gravidez). Outros, mais complexos, são enviados a Porto Velho para análise e o resultado é retirado na própria unidade de saúde, de forma on-line.

“Essa celeridade é importante, pois facilita o serviço do médico e, principalmente, do paciente. Com o resultado do exame em mãos, a pessoa que realizou a consulta pela manhã, pode voltar à tarde no barco para apresentar o resultado do exame ao médico”, explica a biomédica.

Após consulta com o médico ortopedista, Marina Venina Nunes, de 73 anos, procurou o serviço laboratorial para a realização de 11 exames prescritos pelo profissional. “Eu não tenho medo de agulha, pode fazer o que precisar”, disse a aposentada. “Prefiro injeção do que comprimido, pois esqueço de tomar”, completou.

Presente em todas as viagens do Barco Saúde, Antônio José, chamado carinhosamente pelos colegas de ‘Toninho’, conta que o trabalho no laboratório é bastante intenso, pois cada paciente realiza em torno de dez exames. A rotina cansativa não desanima o profissional, que faz questão de participar das expedições. “É gratificante ajudar o próximo, nem sempre os ribeirinhos têm condições de se deslocar à capital para realizar os exames mais complexos que não são ofertados aqui na unidade”.

Exames laboratoriais são ofertados no Barco Saúde como apoio ao diagnóstico médico

FARMÁCIA

A farmácia básica do Barco Saúde conta mais de 50 tipos medicamentos da Relação Municipal de Medicamentos (Remume), desde remédios para combater vermes e parasitas até antibióticos. A auxiliar de farmácia Fabiane Costa da Silva faz sua estreia na equipe do Barco Saúde, garantindo o acesso do paciente aos medicamentos prescritos durante o atendimento na embarcação.

Ela relata que a farmácia é um dos serviços mais procurados de toda a estrutura de atendimento do barco. “Os médicos atendem conforme sua especialidade, não são todos os pacientes que procuram o serviço de ginecologia, por exemplo. No entanto, todos os pacientes, ao final da consulta, independentemente do profissional, são direcionados para a farmácia em busca do medicamento que vai melhorar o problema”, cita a profissional.

UNIDADES DE SAÚDE

Os distritos do baixo Madeira (São Carlos, Nazaré e Calama) contam com Unidades de Saúde da Família (USF) com profissionais, incluindo o médico clínico geral, para atender as necessidades das comunidades locais, além de todos os serviços complementares como farmácia, laboratório, dentista, enfermagem e os demais programas.

Quando o Barco Saúde atraca nessas localidades, leva com ele um reforço aos serviços que já existem na localidade, mas também atendimentos adicionais como as especialidades médicas.

PROGRAMAÇÃO

A programação desta viagem sofreu ajustes técnicos, ocasionando alteração no cronograma de atendimento nos distritos. Nos dois primeiros dias da expedição, 20 e 21 de fevereiro, os trabalhos foram realizados no distrito de São Carlos.

Nazaré
21 e 22 de fevereiro

Calama
24 e 25 de fevereiro

Texto: Luciane Gonçalves
Fotos: Luciane Gonçalves/ Cleris Muniz

Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)

São eles Espírito Santo (80,99%), Pernambuco (81%), Goiás (84,57%), Mato Grosso (84,72%), Rondônia (85,50%), Mato Grosso do Sul (87%). O Distrito Federal está com 100% dos leitos de Terapia Intensiva ocupados.

Além disso, o estado do Piauí registra, até a última atualização, exatamente 80%. Também chamam a atenção pelos altos índices de ocupação os estados do Amazonas (73,47%), Tocantins (76%) e Rio Grande do Sul (78,6%).

Em entrevista à CNN, médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Walter Cintra, explica que esses dados são explicados por dois fatores importantes: as pessoas que não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19 e a menor disponibilidade de leitos, porque muitos foram desativados quando os casos começaram a cair.

“Evidentemente que essas pessoas estão vulneráveis, expostas a se contaminarem, e pior, contaminarem os demais”, pontuou.

O especialista considera crítica a situação do Distrito Federal, onde 100% dos leitos de UTI da rede pública já estão ocupados.

“Isso significa que tem gente na fila esperando para entrar, e muito provavelmente existem unidades funcionando com leitos extras”, comentou.

Ele complementa que “aumentar oferta de leitos não vai controlar a pandemia”. Para Walter Cintra, se os casos continuarem a crescer, um colapso generalizado do sistema de saúde pode ocorrer.

Por isso, o médico sanitarista destaca que as únicas saídas possíveis são a vacinação contra a Covid-19, o isolamento social quando possível e uso de máscaras, por exemplo.

Os altos percentuais de leitos de UTI ocupados foram registrados um dia após o Brasil registrar 487 mortes por Covid-19. O dado divulgado pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), nesta terça (25), foi o primeiro a ultrapassar a casa dos 400 em mais de dois meses.

A última vez em que o país atingiu este patamar foi no dia 13 de novembro, quando foram registrados 731 óbitos por Covid-19.

De acordo com os números, a média móvel de infecções diárias pela doença dos últimos sete dias está em 157.060. Este é o oitavo recorde consecutivo e representa o maior número desde o início da pandemia. O aumento na média vem ocorrendo desde 2 de janeiro.

“Não vale a pena subestimar a variante Ômicron”

O aumento de infecções pelo coronavírus e dos índices de ocupação de leitos é impulsionado pela consolidação da variante Ômicron no país.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou recentemente que “a pandemia não está nada perto de acabar”, em razão dos impactos atuais que a cepa tem causado ao redor do mundo.

Em entrevista à CNN, o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, compartilhou da mesma visão e disse que não vale a pena subestimar a Ômicron, pois ela tem gerado hospitalizações e mortes, ainda que em uma escala menor do que as outras variantes.

“A Ômicron é menos letal que as outras variantes, mas vamos lembrar que ainda tem gente sem completar o esquema de vacinação, e essas pessoas estão sob risco maior”, completou o médico.

Segundo Barbosa, além da falta de vacinação em parte das populações, a nova cepa é mais transmissível, o que, mesmo que não seja tão significativa no número de casos graves e mortes proporcionalmente em relação às outras, vai causar impactos pela grande quantidade de contágio.

“É importante perceber que temos um incremento no número de casos, então todos os países foram conselhados a revisar bem seus planos de contingência, ampliar a capacidade de UTI e monitorar a ocupação de leitos hospitalares para evitar que haja uma sobrecarga”, declarou.

“[A Ômicron] está causando mortes, produzindo casos sérios, ainda que em menor proporção do que as outras variantes. É preciso levar ela muito a sério para não transformá-la em problemas para os sistemas de saúde”, acrescentou.

* Vinícius Tadeu, da CNN, contribuiu para esta reportagem